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Lesão de Stener

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Introdução

A lesão de Stener é uma condição que ocorre após a ruptura completa do ligamento colateral ulnar (LCU) na articulação metacarpofalangeana do polegar. Essa lesão é comum em esportes de contato ou atividades que envolvem o uso intenso das mãos. O problema ocorre quando o ligamento rompido é deslocado por uma estrutura anatômica chamada aponeurose do músculo adutor do polegar, impedindo a cicatrização adequada do ligamento e resultando em instabilidade permanente do polegar, caso não seja tratada corretamente.

Sintomas

Os principais sintomas da lesão de Stener incluem dor intensa e localizada na base do polegar, especialmente ao tentar agarrar ou segurar objetos. Também pode haver inchaço e sensibilidade na área da lesão, além de hematomas visíveis. Pacientes frequentemente relatam dificuldade em realizar movimentos que envolvem a pinça (ação de segurar objetos entre o polegar e o indicador), devido à instabilidade da articulação.

Em alguns casos, um pequeno “caroço” pode ser palpado na parte interna da base do polegar, onde o ligamento rompido fica preso sob a aponeurose do músculo adutor.

Exames de imagem

O diagnóstico da lesão de Stener é clínico, baseado no histórico do paciente e no exame físico do polegar. No entanto, exames de imagem são essenciais para confirmar a extensão da lesão e avaliar o deslocamento do ligamento.

  1. Raio-X: É utilizado para descartar fraturas associadas ou outras lesões ósseas que possam ter ocorrido durante o trauma.
  2. Ultrassonografia: Pode ser utilizada para visualizar o ligamento e determinar se ele está deslocado sob a aponeurose, confirmando o diagnóstico de lesão de Stener.
  3. Ressonância Magnética (RM): É o exame de imagem mais eficaz para avaliar com precisão a integridade do ligamento colateral ulnar e identificar o deslocamento do ligamento, além de permitir a visualização de estruturas adjacentes envolvidas.

Causas

A lesão de Stener ocorre comumente devido a traumas que forçam o polegar, em movimento de abdução, para longe da mão, esticando excessivamente o ligamento colateral ulnar. Isso pode acontecer em atividades como esqui (onde o polegar é puxado pela alça do bastão) ou em esportes como futebol e basquete, durante quedas ou trombadas. O mecanismo de lesão geralmente envolve uma força súbita e intensa, resultando na ruptura completa do ligamento.

Tratamentos

O tratamento da lesão de Stener é eminentemente cirúrgico. Como essa lesão impede a cicatrização natural do ligamento, o tratamento conservador, como imobilização ou fisioterapia, geralmente não é eficaz.

  1. Cirurgia: O tratamento mais indicado para lesões de Stener é a intervenção cirúrgica, onde o ligamento é reposicionado e suturado no osso para restaurar a estabilidade do polegar. Após a cirurgia, o polegar é imobilizado por 8 a 12 semanas para permitir a cicatrização adequada.
  2. Reabilitação: Após ou até durante a fase de imobilização, a fisioterapia é fundamental para restaurar a mobilidade, força e função do polegar. A recuperação completa pode levar de 3 a 4 meses, dependendo da resposta do paciente ao tratamento.

Conclusão

A lesão de Stener é uma condição grave que afeta a estabilidade do polegar, essencial para a funcionalidade da mão. O diagnóstico precoce e o tratamento cirúrgico adequado são essenciais para garantir uma recuperação completa e evitar complicações a longo prazo, como a perda permanente de função do polegar.

Dr. Fábio Urquiza - CRM/SP 183548

Ortopedia e Traumatologia - RQE 91138

Cirurgia da Mão e Microcirurgia - RQE 115732

Olá, seja bem-vindo ao meu site, espero poder te conhecer e te ajudar da melhor forma possível, pode contar comigo.

Nasci e cresci em São Paulo. Filho de pais médicos, desde pequeno fui ensinado sobre o cuidado com as pessoas.

Saí da capital e me mudei pra Campinas, onde me formei em Medicina e em Ortopedia na Unicamp.

Depois retornei para São Paulo (onde moro até hoje com minha esposa) e me especializei em Cirurgia da Mão na USP.

Tive outros aprendizados importantes ao longo da vida, como o serviço voluntário na Marinha do Brasil em Manaus e o curso de pesquisas clínicas pela Universidade de Harvard.

Vejo na ortopedia a possibilidade de usar a ciência para atingir benefícios práticos, que nos permitam viver em plenitude.

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