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Dupuytren

O que é dupuytren?

A Doença de Dupuytren, ou contratura de Dupuytren, é uma condição que causa o espessamento e o encurtamento da fáscia palmar, uma camada de tecido fibroso que fica logo abaixo da pele da palma da mão. É mais comum em homens acima dos 50 anos. A progressão da Doença de Dupuytren pode afetar significativamente a função e a qualidade de vida, especialmente quando a capacidade de usar as mãos para tarefas cotidianas é prejudicada.

Sintomas

Os sintomas da Doença de Dupuytren tendem a progredir de forma lenta, ao longo de meses ou até anos. Inicialmente, pode-se perceber o surgimento de pequenos nódulos endurecidos na palma da mão, geralmente indolores. Com o tempo, esses nódulos podem se transformar em cordões fibrosos que dificultam a extensão dos dedos, resultando na característica “contratura”. A maioria dos pacientes não desenvolve a contratura.

Exames de imagens

Embora o diagnóstico de Dupuytren seja, na maioria dos casos, clínico, exames de imagem podem ser solicitados para avaliar a extensão da doença e guiar o tratamento, especialmente em casos avançados. Os principais exames incluem:

  • Ultrassonografia: Pode ser útil para identificar o espessamento da fáscia palmar e a presença de cordões fibrosos que não são visíveis externamente.
  • Ressonância Magnética (RM): Embora raramente necessária, a RM pode fornecer uma avaliação detalhada dos tecidos moles da mão, útil para cirurgiões que planejam uma intervenção mais complexa.
  • Radiografia: Geralmente não utilizada, mas pode ser solicitada em casos de suspeita de envolvimento ósseo ou para excluir outras condições, como artrite.

Causas

A causa exata da Doença de Dupuytren ainda é desconhecida, mas acredita-se que haja uma combinação de fatores genéticos e ambientais que influenciam seu desenvolvimento.

  • Hereditariedade: A história familiar é o fator de risco mais importante, sugerindo uma base genética forte.
  • Idade: A condição é mais comum em pessoas acima dos 50 anos.
  • Sexo: Homens são mais afetados que mulheres.
  • Etnia: A doença é mais prevalente em pessoas de ascendência nórdica ou europeia.
  • Fatores ambientais: Tabagismo, consumo excessivo de álcool e diabetes têm sido associados a um risco aumentado de desenvolver a Doença de Dupuytren.
  • Traumas repetitivos: Pequenos traumas na mão ao longo do tempo podem contribuir para o surgimento da doença.

Tratamentos

O tratamento da Doença de Dupuytren depende da gravidade dos sintomas e do impacto na função da mão.

Tratamento conservador

  • Observação: Para casos iniciais ou leves, pode-se apenas monitorar a progressão da doença.
  • Fisioterapia: Exercícios podem ajudar a manter a mobilidade articular e prevenir a rigidez, embora não interfiram diretamente no avanço da doença.

Tratamento cirúrgico

  • Aponeurotomia com agulha: Técnica minimamente invasiva, com anesetsia local, que utiliza uma agulha para romper os cordões fibrosos, liberando a contratura.
  • Fasciectomia parcial: Remoção cirúrgica dos cordões fibrosos ou da fáscia afetada. É o procedimento mais comum nos casos avançados.
  • Dermofasciectomia: Cirurgia mais extensa, reservada para casos graves e recorrentes, em que a fáscia e a pele afetada são removidas, seguida de enxertos de pele para cobrir a área.

Considerações finais

A Doença de Dupuytren é uma condição que pode ter um impacto significativo na qualidade de vida de quem a desenvolve. Embora não haja cura definitiva, os avanços nas técnicas de tratamento têm oferecido alívio aos pacientes, permitindo o manejo adequado dos sintomas e a preservação da função manual. O diagnóstico precoce e a avaliação médica regular são fundamentais para determinar o momento certo de intervenção e garantir o melhor resultado possível.

Dr. Fábio Urquiza - CRM/SP 183548

Ortopedia e Traumatologia - RQE 91138

Cirurgia da Mão e Microcirurgia - RQE 115732

Olá, seja bem-vindo ao meu site, espero poder te conhecer e te ajudar da melhor forma possível, pode contar comigo.

Nasci e cresci em São Paulo. Filho de pais médicos, desde pequeno fui ensinado sobre o cuidado com as pessoas.

Saí da capital e me mudei pra Campinas, onde me formei em Medicina e em Ortopedia na Unicamp.

Depois retornei para São Paulo (onde moro até hoje com minha esposa) e me especializei em Cirurgia da Mão na USP.

Tive outros aprendizados importantes ao longo da vida, como o serviço voluntário na Marinha do Brasil em Manaus e o curso de pesquisas clínicas pela Universidade de Harvard.

Vejo na ortopedia a possibilidade de usar a ciência para atingir benefícios práticos, que nos permitam viver em plenitude.

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