O dedo em gatilho é uma condição inflamatória que pode afetar significativamente a qualidade de vida de quem sofre com ela. Possuí tratamento rápido e efetivo, sendo muito vantajoso procurar um especialista.
O dedo em gatilho, também conhecido como tenossinovite estenosante, é uma condição em que o dedo fica bloqueado em uma posição dobrada ou estivada e depois tem um ressalto quando tentamos movimentá-lo, como o gatilho de um revólver. Normalmente, ao movimentarmos nossos dedos, os tendões deslizam por dentro de uma série de estruturas chamadas polias, que formam tuneis por onde o tendão passa (como se fossem as passadeiras de uma calça, por onde o cinto passa). O dedo em gatilho ocorre quando os tendões não conseguem deslizar facilmente através das polias, devido a um estreitamento do túnel e inchaço do tendão.
O início dos sintomas pode ser marcado por um pequeno nódulo doloroso na base do dedo. Com o tempo, a dor pode piorar e dificultar o movimento do dedo e iniciar os ressaltos. Inicialmente a própria fora do dedo é suficiente para movimentar o dedo, mas o dedo pode travar em uma posição dobrada ou esticada, exigindo inclusive o uso da outra mão para destravá-lo. Em casos mais graves, o dedo trava e o paciente não consegue destravar. Esses sintomas costumam ser mais intensos pela manhã ou após longa atividade manual mais intensa.
Embora a causa exata do dedo em gatilho não seja clara, certas condições aumentam o risco do aparecimento:
São fatores de risco muito semelhantes com a síndrome do túnel do carpo, é muito comum pacientes terem o diagnóstico simultâneo de dedo em gatilho e síndrome do túnel do carpo.
O diagnóstico do dedo em gatilho é feito através do relato do paciente somado ao exame físico, ou seja, pode ser feito no consultório logo na primeira consulta.
Em fases iniciais é mais difícil de perceber as alterações no exame físico, sendo útil o uso de exames complementares, como ultrassom ou ressonância magnética.
O tratamento do dedo em gatilho varia conforme a gravidade da condição. Nos estágios iniciais, anti-inflamatórios e imobilização do dedo podem ajudar. Se os sintomas não melhorarem, outras abordagens são recomendadas:
O dedo em gatilho não é uma patologia contagiosa, não passa de um dedo pro outro, mas os fatores de risco são os mesmos e o paciente pode apresentar engatilhamento de diversos dedos simultaneamente.
o O dedo em gatilho não tem uma única cauda, mas é frequentemente associado a condições inflamatórias, como diabetes e artrite.
o Exercícios de alongamento e compressas quentes podem oferecer alívio em casos leves, mas em muitos casos essas medidas podem até piorar os sintomas, por isso é importante procurar ortopedista especializado.
o Movimentos suaves e o uso da outra mão podem ajudar a destravar o dedo.
o Uso de medicações anti-inflamatórias e redução de atividades de esforço com a mão são as primeiras medidas.
o Embora não seja classificada como doença ocupacional, atividades repetitivas podem contribuir para seu desenvolvimento.
o O dedo fica em gatilho devido a inflamação ou espessamento do tendão e/ou da polia.
o Estar atento a condições pré-existentes, como diabetes, hipotireoidismo e artrite reumatóide, e evitar ações repetitivas podem ajudar na prevenção.
o Fisioterapia pode ajudar com exercícios de alongamento e fortalecimento, porém é uma opção controversa, muitos pacientes pioram os sintomas com esses exercícios.
o O uso de anti-inflamatórios pode ajudar a reduzir a inflamação.
o Massagem suave ao longo do tendão afetado pode melhorar a circulação e aliviar sintomas, porém não é sempre que funciona, em alguns casos o quadro pode se agravar com a massagem.
o O diagnóstico é feito por avaliação clínica e exame físico. Pode ser auxiliado por exames de imagem, o ultrassom é o exame mais utilizado.
o Visualmente, o dedo pode parecer inchado ou travado na posição de flexão ou extensão, a palpação da base do dedo geralmente é dolorosa.
o Utilizar uma órtese ou tala para manter o dedo em posição neutra pode ajudar a reduzir o stress mecânico. Na minha opinião, como o tratamento é simples e muito eficiente, o uso de talas e imobilizações, principalmente por tempos prolongados, gera mais limitações ao paciente do que a cirurgia.
o O tratamento inicial geralmente envolve descanso e anti-inflamatórios, a realização de infiltração com corticoide é uma medida minimamente invasiva e muito eficiente, com ação anti-inflamatória elevada. Quando não há melhora ou quando o quadro inicial é mais grave, a cirurgia é excelente indicação.
Dr. Fábio Urquiza – CRM/SP 183.548
Ortopedia e Traumatologia - RQE 91138
Cirurgia da Mão e Microcirurgia - RQE 115732
Olá, seja bem-vindo ao meu site, espero poder te conhecer e te ajudar da melhor forma possível, pode contar comigo.
Nasci e cresci em São Paulo. Filho de pais médicos, desde pequeno fui ensinado sobre o cuidado com as pessoas.
Saí da capital e me mudei pra Campinas, onde me formei em Medicina e em Ortopedia na Unicamp.
Depois retornei para São Paulo (onde moro até hoje com minha esposa) e me especializei em Cirurgia da Mão na USP.
Tive outros aprendizados importantes ao longo da vida, como o serviço voluntário na Marinha do Brasil em Manaus e o curso de pesquisas clínicas pela Universidade de Harvard.
Vejo na ortopedia a possibilidade de usar a ciência para atingir benefícios práticos, que nos permitam viver em plenitude.
